Casos que envolvem a Vale, como a CSA, são retratados no vídeo Pulmões de aço – Resistências locais frente a injustiças globais.
Fonte:http://seculodiario.com.br/16634/10/documentario-alerta-sobre-impacto-da-siderurgia-no-brasil-e-na-italia-1
Um novo documentário sobre os danos da mineração no Brasil e, desta vez, também na Itália, foi apresentado nessa segunda (28) e terça-feira (29) nos dois países. O vídeo Pulmões de aço – Resistências locais frente a injustiças globais retrata a devastação provocada pela atividade siderúrgica nos bairros de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro; na área industrial de Piquiá de Baixo, em Açailândia, no Maranhão; e no bairro Tamburi de Taranto, na Itália. Todos esses lugares têm em comum o fato de que, com a chegada da Vale e suas associadas, tradições foram desrespeitadas, o meio ambiente foi destruído e pessoas ficaram expostas a poluentes que, muitas vezes, causam mortes.O documentário, que nasceu por iniciativa dos missionários combonianos e foi realizado em mutirão, envolvendo vários protagonistas da sociedade civil brasileira e italiana, acompanha a vida das pessoas que convivem com os complexos siderúrgicos e tiveram suas vidas devastadas por eles. Além da degradação ambiental e dos riscos iminentes à saúde a que são expostos, compõem o cenário desastroso o grande número de acidentes de trabalho e o desemprego.
Fonte:http://seculodiario.com.br/16634/10/documentario-alerta-sobre-impacto-da-siderurgia-no-brasil-e-na-italia-1
Um novo documentário sobre os danos da mineração no Brasil e, desta vez, também na Itália, foi apresentado nessa segunda (28) e terça-feira (29) nos dois países. O vídeo Pulmões de aço – Resistências locais frente a injustiças globais retrata a devastação provocada pela atividade siderúrgica nos bairros de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro; na área industrial de Piquiá de Baixo, em Açailândia, no Maranhão; e no bairro Tamburi de Taranto, na Itália. Todos esses lugares têm em comum o fato de que, com a chegada da Vale e suas associadas, tradições foram desrespeitadas, o meio ambiente foi destruído e pessoas ficaram expostas a poluentes que, muitas vezes, causam mortes.O documentário, que nasceu por iniciativa dos missionários combonianos e foi realizado em mutirão, envolvendo vários protagonistas da sociedade civil brasileira e italiana, acompanha a vida das pessoas que convivem com os complexos siderúrgicos e tiveram suas vidas devastadas por eles. Além da degradação ambiental e dos riscos iminentes à saúde a que são expostos, compõem o cenário desastroso o grande número de acidentes de trabalho e o desemprego.
Em Santa Cruz, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria da Vale e a alemã Thyssenkrupp, funciona sem licença de operação desde março deste ano e, desde sua instalação, já foi embargada pelo Ministério do Trabalho, multada por órgãos ambientais após pressão da sociedade e alvo de dois processos criminais movidos pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por sucessivos prejuízos sociais ambientais, econômicos e de saúde pública. O modelo da CSA é semelhante ao projeto da Vale programado para Ubu, em Anchieta, com a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU).
A produção de aço da TKCSA é responsável pelo aumento de emissões de gás carbônico e onde oito mil pescadores ficaram desempregados por causa da poluição da Baía de Sepetiba. Além disso, o documentário denuncia que a cidade é cercada pelos altos-fornos da Viena Siderúrgica, da Gusa Nordeste e do Grupo Queiróz Galvão Siderurgia.
Em Piquiá de Baixo, bairro da cidade de Açailândia, no Maranhão, cinco usinas processam o ferro da mineradora e lançam no ar uma fumaça tóxica que provoca mortes constantemente. No documentário, é retratado que ao longo dos últimos 15 meses, morreram pelo menos cinco pessoas por doenças decorrentes da poluição das siderúrgicas, que produzem ferro-gusa sem utilizar filtros para reduzir as emissões de particulados na atmosfera. No bairro Tamburi di Taranto, na Itália, a empresa Ilva construiu a maior indústria siderúrgica da Europa. Nos três casos, as siderúrgicas são sustentadas pela Vale, que vende o minério extraído nas florestas do Pará e Minas Gerais.
Histórico de desrespeito
A Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale também denunciou as práticas de espionagem e infiltração praticadas pela Vale contra movimentos sociais. Além dos casos registrados no Brasil, com violações de direitos humanos e ambientais cometidas nas regiões onde estão localizados os empreendimentos da mineradora, a entidade apresentou os graves impactos da Vale no Peru, Moçambique e Canadá. A contaminação do ar, a falta de segurança no trabalho e o desrespeito a comunidades tradicionais são fatos que acontecem não somente no Brasil, mas em todos os países em que a mineradora atua.
A Articulação lembrou, também, do escândalo que veio à tona no início de 2013, após denúncia do ex-gerente da empresa André Almeida, que apresentou dossiês que revelam monitoramento de lideranças de movimentos sociais, inclusive no Espírito Santo. O documento aponta a espionagem a membros do Movimento Xingu Vivo para Sempre, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Justiça nos Trilhos; o acesso da mineradora às informações do Infoseg e da Receita Federal; além da infiltração de espiões em reuniões e encontros de entidades que representam obstáculos aos interesses da mineradora. Apesar da gravidade das denúncias, o caso até hoje não foi devidamente apurado pelo Judiciário e governo brasileiro.
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